História de Grandes Imóveis Cariocas
Publicado em 30 de Abril de 2025 às 01:58 PM

Dos casarões coloniais que resistem ao tempo às ousadas construções da era moderna, a arquitetura do Rio de Janeiro é um reflexo vivo da alma carioca. Cada fachada, cada detalhe, cada traço carrega mais do que estilo: carrega histórias. Contam-se, nessas paredes, os ciclos de crescimento da cidade, suas fases de glória, seus momentos de reinvenção. Mas a arquitetura carioca vai além da estética.
Neste blog, vamos fazer uma pequena viagem no tempo para revisitar grandes imóveis que marcaram época, e continuam encantando moradores e visitantes.
Casa Julieta de Serpa
A Casa Julieta de Serpa, localizada na Praia do Flamengo, é um dos últimos palacetes remanescentes na orla da zona sul, construída em 1920 por Demócrito Seabra como presente para sua esposa. a residência de estilo neoclássico francês teve quase todos os seus acabamentos importados da Europa. Após a morte de Demócrito, sua esposa viveu ali por mais 57 anos, até falecer em 1989.
Tombado em 1997, o imóvel escapou da demolição após uma tentativa frustrada de construção de um prédio no local. Em 2002, o palacete foi adquirido por Carlos Alberto Serpa, que o transformou em uma casa de cultura em homenagem à sua mãe, Julieta.
Palácio do Catete
O Palácio do Catete começou a ser construído em 1858, com projeto do arquiteto alemão Carl Friedrich Gustav Waehneldt, e teve sua estrutura concluída em 1866. Inicialmente, a residência era conhecida como Palacete do Largo do Valdetaro e pertencia à família do Barão de Nova Friburgo, António Clemente Pinto, um influente cafeicultor da serra fluminense, que viveu ali com a esposa e o filho até 1889.
Após a morte do barão, o filho vendeu o imóvel para investidores, e em 1897 o então vice-presidente Manuel Vitorino o adquiriu, transformando-o na sede do poder executivo nacional. A partir daí, o Palácio do Catete tornou-se cenário de momentos importantes da história brasileira, como o falecimento do presidente Afonso Pena, em 1909, e a assinatura da declaração de guerra contra a Alemanha em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial.
Palacete Linneo de Paula Machado (Casa Firjan)
O palacete em estilo eclético francês, construído em 1906 e pertencente à tradicional família Lineu de Paula Machado, foi adquirido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro e cuidadosamente restaurado para abrigar a Casa Firjan da Indústria Criativa. Tombado como patrimônio, o imóvel foi reaberto ao público em 2018 e se tornou um espaço de cultura e inovação em Botafogo, com um amplo jardim que rapidamente conquistou os frequentadores do bairro.
Desde abril de 2023, a Casa Firjan ganhou um novo atrativo: a filial de Botafogo do premiado Empório Jardim, bistrô e padaria nascida no Jardim Botânico. Dividido entre dois ambientes,um nos jardins e outro mais acolhedor na antiga copa/cozinha do palacete, o café destaca elementos arquitetônicos preservados, como pisos em pastilhas, azulejos coloridos e bancadas em mármore. O café da manhã da casa, aliás, já foi eleito treze vezes como o melhor do Rio de Janeiro.
Castelinho do Flamengo
O Castelinho do Flamengo, oficialmente conhecido como Palacete Villa Kyrial, é um dos ícones arquitetônicos mais emblemáticos da Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro. Construído em 1916 com forte influência do estilo eclético europeu, o imóvel chama atenção por sua aparência de castelo, com torres e detalhes ornamentais marcantes.
Durante sua trajetória, passou por diferentes usos: foi residência da família Guinle, abrigou o Consulado da Áustria, e chegou a ser ocupado por movimentos culturais. Em 1990, foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) e, após anos de abandono, foi restaurado e transformado em um espaço cultural. Atualmente, o Castelinho abriga exposições, oficinas e eventos artísticos, mantendo viva sua importância histórica e cultural no cenário carioca.
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Mais do que construções de pedra, vidro ou concreto, os imóveis que atravessam o tempo no Rio de Janeiro são testemunhas vivas da nossa história, e protagonistas silenciosos da vida de quem passa por eles. Ao revisitar esses espaços, revisitamos também memórias, valores e um jeito único de habitar o mundo.
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